Ela tinha um baú, o baú guardava seus tesouros.
Ele disse que tinha a chave.ela não acreditou, achou que era “esmola demais” e como boa cega que era, desconfiou.Ele permaneceu seguro de si.ela ficou curiosa, quis pagar pra ver.Ele botou preço.ela iniciante, achou o preço alto demais, tinha pouco guardado pra dar; tudo bruto, nada lapidado. Como dar o que não se tem? Pensava ela.Ele dizia: todo o tudo dado com confiança, alegria e sinceridade são muitas, mesmo que seja pouco.ela foi dando, moedinha após moedinha.Ele foi recebendo.ela foi se alegrando e quanto mais sua miséria ofertava a Ele, mais plenitude alcançava.Ele aceitou de bom grado, observando-a, mostrou-lhe a chave.ela plena teve medo, é uma chave para as trevas, pensou.Uma chave para a luz, a tua luz, disse Ele.ela pediu para segurar a chave na mão.Ele deixou, cuidadoso.ela, criança descuidada e cada dia mais confiante, brincava com a chave.Ele a observava e tecia anotações secretas, sério.ela aproximou a chave da fechadura, encaixou-a e sua plenitude aumentou a ponto de se esquecer do cuidado que deveria ter para com Ele e para com a chave Dele e feliz e inadvertidamente alegre corria nos campos do seu SENHOR.Ele importunado com o barulho que ela fazia tentou alertá-la.ela não percebeu, emocionada com suas pequenas descobertas, só via a si mesma de modo mesquinho, egoísta, vil.Ele então deu um passo para trás.ela não se deu conta do ato.Ele sem retirar os olhos dela, percebeu que ela movimentava a chave na fechadura, reticente.ela, torcendo a chave na fechadura, correu na direção Dele, qual criança estabanada que mal aprendeu a andar.Ele decepcionado recuou, não a queria assim, estabanada, descuidada.ela abriu o baú.Ele virou-lhe as costas.ela estendeu em suas mãos os tesouros guardados: DESEJO, ENTREGA, OBEDIÊNCIA, SUBMISSÃO.Ele foi embora.ela chorou.…Ela de posse dos tesouros, pouco a pouco, tomou consciência de si.Ele não viu.ela rastejou até Ele, certa de sua sujidade e inadequação.Ele olhou para outras pastagens, mais verdejantes.ela abnegada se ofereceu, se prostrou a seus pés, implorou lavando o chão que Ele pisa com seu sal.Ele não se comoveu.Então ela que se sabia incapaz de ser de qualquer outro além Dele, colocou aos pés Deste os seus tesouros, o baú aberto e a chave…E até hoje ela em silêncio, invisível, prostrada ao lado do assento Dele vazio, cão fiel guardando sua morada, espera por um olhar; vigia e ora esperando que Ele volte.ela se chama apenas submissa.Ele DOMINADOR.ela, sou eu hoje.Ele… é o meu SENHOR
Ele disse que tinha a chave.ela não acreditou, achou que era “esmola demais” e como boa cega que era, desconfiou.Ele permaneceu seguro de si.ela ficou curiosa, quis pagar pra ver.Ele botou preço.ela iniciante, achou o preço alto demais, tinha pouco guardado pra dar; tudo bruto, nada lapidado. Como dar o que não se tem? Pensava ela.Ele dizia: todo o tudo dado com confiança, alegria e sinceridade são muitas, mesmo que seja pouco.ela foi dando, moedinha após moedinha.Ele foi recebendo.ela foi se alegrando e quanto mais sua miséria ofertava a Ele, mais plenitude alcançava.Ele aceitou de bom grado, observando-a, mostrou-lhe a chave.ela plena teve medo, é uma chave para as trevas, pensou.Uma chave para a luz, a tua luz, disse Ele.ela pediu para segurar a chave na mão.Ele deixou, cuidadoso.ela, criança descuidada e cada dia mais confiante, brincava com a chave.Ele a observava e tecia anotações secretas, sério.ela aproximou a chave da fechadura, encaixou-a e sua plenitude aumentou a ponto de se esquecer do cuidado que deveria ter para com Ele e para com a chave Dele e feliz e inadvertidamente alegre corria nos campos do seu SENHOR.Ele importunado com o barulho que ela fazia tentou alertá-la.ela não percebeu, emocionada com suas pequenas descobertas, só via a si mesma de modo mesquinho, egoísta, vil.Ele então deu um passo para trás.ela não se deu conta do ato.Ele sem retirar os olhos dela, percebeu que ela movimentava a chave na fechadura, reticente.ela, torcendo a chave na fechadura, correu na direção Dele, qual criança estabanada que mal aprendeu a andar.Ele decepcionado recuou, não a queria assim, estabanada, descuidada.ela abriu o baú.Ele virou-lhe as costas.ela estendeu em suas mãos os tesouros guardados: DESEJO, ENTREGA, OBEDIÊNCIA, SUBMISSÃO.Ele foi embora.ela chorou.…Ela de posse dos tesouros, pouco a pouco, tomou consciência de si.Ele não viu.ela rastejou até Ele, certa de sua sujidade e inadequação.Ele olhou para outras pastagens, mais verdejantes.ela abnegada se ofereceu, se prostrou a seus pés, implorou lavando o chão que Ele pisa com seu sal.Ele não se comoveu.Então ela que se sabia incapaz de ser de qualquer outro além Dele, colocou aos pés Deste os seus tesouros, o baú aberto e a chave…E até hoje ela em silêncio, invisível, prostrada ao lado do assento Dele vazio, cão fiel guardando sua morada, espera por um olhar; vigia e ora esperando que Ele volte.ela se chama apenas submissa.Ele DOMINADOR.ela, sou eu hoje.Ele… é o meu SENHOR
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